domingo, 1 de abril de 2012

Contém e está contido


Depois de lambuzar da fruta, que era o casulo, a borboleta se estampa na alma.

O plano pede uma constelação de brio, pouca inspiração e muita transpiração.
A vontade é de nunca parar,
de conseguir suspirar ao invés de inspirar ares degradáveis
correndo atrás do invisível e não efêmero
- como borboletas azuis de um fim de tarde.

Mas a necessidade lhe pede outras posturas.

Cabe retroceder o seu processo evolutivo e acompanhá-las,
cabe desconsiderá-las ou
cabe não dar cabimento a isso?

No fundo, no fundo, sei que há muita beleza.
Algo além do que é belo e profano,
uma beleza interior de infinitos mistérios,
códigos subliminares que te levam à sutilidade de um enlace.
Com malícia saudável, o filósofo ensina que é possível desvendar os interesses dos homens.
Sem ela: o fundo do poço e as desventuras.

A melhor coisa ainda é detectar a cumplicidade entre pessoas.
Saber que o que não é efêmero pode ser consolidado entre gestos e motivos.
Nem toda sinceridade, apenas elementos reais.
Intenções ativas.

Não cabe ninguém a mudar; não é disso que eu falo.

Menos passividade escorregadia.
Mais avidez.
Pudim, não.

Tudo se encontra na/com felicidade.

O resto é apenas inversão de valores.
Não adianta explicar o que não se explica. "De que adianta falar de passado, presente ou futuro... se tudo é embolado mesmo".

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