segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bienal sergipana acontece sem incentivo público


Através do Núcleo do Saber Local, idealizado pelo professor, jornalista e historiador, Luiz Antônio Barreto, foi possível incluir no calendário do Estado a primeira Bienal do Livro de Sergipe. Não precisou ter a capital como sede para garantir público e sucesso do evento, já que há destaque para a cidade serrana, Itabaiana, com os amantes da leitura que têm a produção acadêmica e de livros como um referencial.

No último sábado, 29, a Associação Atlética de Itabaiana sediou este movimento que adere cultura e, por assim dizer, uma sociedade multifacetada inspirada em sua pluralidade intelectual. Foram 30 livros de autores sergipanos lançados na ocasião. E ainda há quem diga que Sergipe não se interessa pelo assunto e que sua gente deixa o tema adormecer junto com o interesse público.


Sem a intervenção de governo, o jovem Robério Santos, autor de duas obras, se inspirou na participação de centenas de pessoas no grupo fechado “Itabaiana Grande” do Facebook – onde estudantes, profissionais de áreas diversas se unem pela consolidação da identidade cultural deste povo nascido em berço esplêndido em plena região serrana de Sergipe.

O jovem entusiasta contou apenas com o apoio de intelectuais e empresários de Itabaiana para a realização do primeiro festival de leitura do Estado. Assim, expositores, autores, professores, estudantes de letras, história, filosofia e comunicação puderam participar da programação acompanhando o debate conduzido por Luiz Antônio Barreto, diante de figuras atuantes para o desempenho do projeto.


Representantes das entidades culturais – Academia Sergipana de Letras, Associação Sergipana de Imprensa, Universidade Federal de Sergipe, Universidade Tiradentes, Grupo Visgo de Jaca, da cidade de Lagarto, da Academia Sergipana de Medicina, do Grupo Itabaiana Grande, Fundação Aperipê, Biblioteca Epifânio Dória.


A promoção da Bienal foi da Revista PERFIL e da Info Graphics, com a participação da FM Itabaiana, ItNet e revista Omnia. Estandes que resgataram a identidade cultural do povo sergipano atraiu o público plural do evento, com exposição do Museu de Itabaiana, projeto de estudantes de Comunicação de Aracaju sobre Hermes Fontes, a simbologia colorida e atraente da Biblioteca Pública Epifânio Dória e da livraria regional que trouxe a exposição dos livros sergipanos em lançamento e outros tantos.

Destaque

O poder público interviu de forma regional. O que impressiona é a omissa participação do Estado em uma proposta de incentivo cultural para sua gente que tanto trabalha para construir um cenário de adaptação plural. Sim, adaptação, já que o sentimento que move é o da consolidação, no entanto, sem incentivo, participação e apoio da esfera pública, a necessidade se torna parcial.


Crianças necessitam da leitura para conseguirem alcançar um estágio relativo de desenvolvimento pessoal. Suas perspectivas deixam de tomar dimensão a partir do momento em que não entendem que há terreno próspero nos curiosos caminhos desenhados por narrativas, associadas à construção pessoal. O indíviduo se torna alguém preparado para encarar a rotação do universo quando se apodera do conhecimento.

haja

O saber precisa de mais espaço. Na estante ele sempre esteve, é necessário que mecanismos que o aproxime das crianças, com suas mentes órfãs de conteúdo e desenvolvimento social. A leitura é apenas um caminho... embora esteja com suas hastes degradas entre o emissor e receptor.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Espasmo. Antes era sono.


E a atmosfera lhe sorri. O tom de voz muda, a agressividade por ora impera para dar aquele grau de veracidade que só em grandes impactos a criatura se faz satisfeita e o classicismo retorna. Referências que parecem aprofundar a generosidade em um bálsamo não-incolor..

Nesse percurso, a energia está sob seu alcance e tudo parece te proporcionar um sentido mais exitante. Porque depois vira sono.

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Não tem como negociar, apenas acredita-se na energia. Por mais que ela advenha de ondas curiosas, o inusitado se torna a forma mais elaborada de se dar boas-vindas. A humanidade tem sabor de amarelo manga, sob preceitos do pão e circo... Se irrita ou convém, não sei, mas o universo em desencanto é paralelo aos anseios da ampulheta que se reinicia a cada espasmo de sensações.