terça-feira, 31 de agosto de 2010

ponto (minimalista)

Até que ponto acreditar (ou não) no seu reservatório de forças é fundamental? Quando é que dá para perceber o momento de euforia diante das borboletas azuis que não param de se amontoar no nariz? Como é enxergar o desenho do seu cereal? Até que ponto ser tão ostensivo no potencial é positivo? Mas não é? Ou "ser profissional está fora de moda" se aplicaria mais ao contexto?

O negócio está na forma em que você encara os acontecimentos e o modo em que eles permeiam a sua rotina. Caso sua vida tenha a ver com a melodia de acordes afinados, a partitura poderia ser um de seus caminhos a percorrer nessa viagem, com direito à intersecções digníssimas a serem compartilhadas nas notas. No entanto, se o seu atributo está instaurado em gritos ensurdecedores sem nexo e fim, o ponto máximo de se crer em algum potencial aí conjecturado é até aonde você quer chegar. A pretensão às vezes é demasiada, insufla o ego, te esmaga a mente, te cega os ouvidos e ensurdece os olhos, mas como "para toda proporção, uma medida", então, nada mais natural que uma comparação medíocre como essa.

Já virou lugar comum tratar de assuntos como este. Ou será que eu estou virando um tipo desse? Como seria eu, by myself, transfigurada em lugar comum? Aonde meus ideais parariam?

- Até que ponto ser a demasia é positivo? É bom mesmo?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010


Aparentemente uma nota, um tom musical
Que da dupla de letras
transforma o real em um significado abstrato.

Onde muitos gostariam de estar
ou ao menos procuram se encaixar
para encontrar seu eixo
como forma de construir
seu telhado de tesouros
repletos de melodias consoantes
indestrutíveis.

Tem gente que não sabe, apenas pretende
procura estar
mesmo sem saber que lá pode ou não se encontrar
extender sua imaginação
subtrair-se do real
aguçando o imaginário por encontrar
o pote
potencial.

Geométrico, uniforme, contido,
contudo,
sem formas, apenas homônimo daquele canto
onde bilhões correm para proteger-se
do inconfundível, ensolarado, circunstancial.

É lá onde eu, você e ele queremos estar
mas não gostaríamos de saber que poderíamos nos encontrar.

Porque lá é um lugar meu,
um lugar seu e dele, sem pretensões de contexto
e afinidade. Apenas o pretexto
de poder metrificar a insanidade como
fuga do irracional.

Lá.