quarta-feira, 2 de julho de 2008

Saltiteando



Às vezes, revirar a sua mente

pode ser constrangedor.

Começa a flutuar,

o ventilador pára de balançar

e o colchão do chão fica permeável.

Mesmo e ainda assim,

prefiro desviar-me

da absorção da emoção

e submeter-me a este inquilino

sorrateiro e incoerente;

sem preocupações infortúnias,



Desse jeito: não enrolo, sapeco
!

Um comentário:

s·l | spazi·liquidi disse...

Eu não estou a fingir.

Só estou a brincar…

…se dizesse, na língua portuguesa,
que, no Tejo velho, vejo uma sombra
dum barco, não seria verdade…

- qui, nella mia stanza, a Lisbona,
l’unica finestra è un ventilatore
che spengo quando devo dormire -

…se eu podesse, dir-lo-ia,
mas não posso: uma janela
elétrica não fala muito…

Só estou a brincar, mas não
finjo, não.


This is a poem I wrote in Lisbon years ago... I really don't know why, but as soon as I read yours I remembered abour this one. Hope the language is not to bad. Até à próxima.