segunda-feira, 14 de junho de 2010
berradeira de viola
shouting
Esse tempinho cinzento, todo chuvosinho, dá uma vontade de berrar aos quatro cantos o quanto você é viva; o quanto que se sente poesia ao respirar mesmo que metástases humanas. Vuvuzelas não, sons de berrantes saltam-lhe o peito como forma melódica de entoar a batida da sua rotina, numa mescla de cor, cheiro e sentido.
É desse balaio que parte da minha composição é feita, com direito à muita forma e conteúdo, pronomes pessoais sublimes, condições imperfeitas que se tornam conjugáveis e sintaticamente aplicáveis.
Basta acordar todos os dias para sentir o que se sente e gritar - é disso que eu trato.
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