sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Quanto custa a verdadeira felicidade?


Já nem sei mais quantas vezes assisti o filme Into The Wild, mas hoje fui na versão dublada; e, acredite, até assim o filme consegue ser maravilhosamente perturbante e dócil - em todas as situações fiquei inquieta com a mensagem fisgada.

É baseado em história verídica de um cara que atravessa seu país em busca de seu sonho. Enfrenta os medos impostos pela sociedade, descobre a generosidade até então nunca vista, percebe que a sabedoria é vindoura e assim o filme transcorre, como se fosse um livro - demonstrando todos os ensinamentos que ele vive e enxerga à sua volta. No final das contas, o expectador percebe que ele foi mais feliz em dois anos intensos nos quais ele atingiu seu objetivo e solidão, totalmente into the wild, do que se somasse tudo o que vivera dali para trás em 23 anos.



"Hapiness only real when shared"

"If you want something in life, reach out and grab it!"

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Sensação: esmagamento


Estava parada, sem redomas, apenas sentia o vigésimo pôr-do-sol do dia, quando de repente, alguma coisa pulou em cima de mim e me agarrou; invadindo meu rosto, pescoço, braços e minhas pernas. Fixou-me algo nos olhos que nada mais pude enxergar naquele momento. Porém, esqueceu-se de que a "memória é uma ilha de edição" e tudo o que vivera até ali havia sido armazenado com direito a melodias, cheiros e sabores.

Nada mais a mim importava.
Do jeito que me deixara, continuei. Continuei pálida, fria, congelada. O castelo logo desmoronaria e essa alguma coisa perceberia que o sentimento é inalcançável, assim como as cores multifacetadas que brilharam na minha pupila durante as expressivas passagens do sol pela minha janela. Repentino? Não. Duradouro.

- O bule já sinalizou novo estado de emoção do que ele armazena em si..inside.

- Isto é, sem amarras, pois já era hora de levantar para encarar a maestria do dia lá fora.

- Bom dia!


Foto: RPassos

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Rememorar

A exigência que eu tenho com os fatos que acontecem no presente e que logo torna-se efêmera e coisa do passado geralmente passa despercebido por aqueles que não acreditam nisso. Confuso? Não. Somente que existem pessoas que acham as manifestações corporais muito mais apetitosas que um sucumbido calendário pendurado na parede da cozinha que remete à um convite (in)esperado. Mais ainda: que só tem valor aquilo que eles (estes os quais direciono esse pensamento) deduzam que tenham; até porque a folhinha que marca os dias do ano é tão passageira quanto ao corpo que reage a alucinógenos baratos e por aí vai.

Por isso (ou não), compartilho um espasmo que tive na mesa molhada de um bar com um amigo transcedentista, em agosto de 2008, em meio à "tempestade de devaneios" que tivemos juntos:

- Essa história de esquecimento parece mesmo perder-se no meio da avenida atropelada por analogias olímpicas, principalemnte quando duas mãos anormais estão submetidas ao placar decisivo do que se pode ser sentido. Ponto final talvez não seja bem-vindo, mas, porém, contudo, todavia, gnomos surgem sem perceber. E aí? Maçã? Bem..pode ser!

- Um cigarro e um vinho, talvez uma batida pra aquecer.

...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ouvi(ndo) por aí


- Ninguém entendeu. Aquele domingo que trouxe a chuva, em companhia dos relâmpagos e trovões para o início da noite, foi justamente com o intuito de tranquilizar a alma de muitos que têm sentimento puro (ou seja: misericórdia) e que vêm para essa escala da vida a fim de nos equilibrar.

- É tenso...

- A chuva mitiga os poros abertos daqueles que sofrem. Muitos não percebem ou fazem-se de desentendidos. Tudo é tão divino e maravilhoso...basta apenas prestar atenção no refrão e ficar atento à sorte, sem temer a morte.

- É, tenso.

- E acredita quem pode.

sonhos e abrolhos

Tenho andado distraída com tudo. Esse momento de renovação de contrato com a vida é intenso demais e às vezes me deparo com situações que eu nem queria passar. Na verdade, preferiria que as partes onde há espera fossem puladas como quando eu brincava de escalar pneu em tempo de colégio, em que a regra era básica: um salto atrás do outro.

O tempo não para e as minhas vistas não são mais as mesmas em relação à tudo o que ocorre ao meu redor. As vértebras estão preocupadas com o amanhã e ninguém consegue me responder mais nada.

Fatos ocasionalmente especiais que perduram a vida inteira, mas que, no entanto, são vindoiro apenas para os que enxergam em uma dimensão superior a esta. O que é raro e muitas vezes espero demais que aconteçam. Por isso que uma coisa é certa: vou atrás de mim.

Parece nada com nada, mas sou eu com uma pegada intimista de leve, onde tudo pode(ou não) ser sonho e abrolho.