Muita, tinha muita gente. Pessoas não-sonoras em todos os sentidos. Eu não consegui me reconhecer naquele espaço até um cara aparecer com sua mochila desengonçada, cheia de histórias, garrafas e aspirações. Destacou-se. Sua cabeça era um livro com subtemas aparentes e relacionados à toda e qualquer etapa que uma vida pode enfrentar. [O cara era colorido e o resto, preto e branco].
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O relógio toca!
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A tristeza surge, em um dado momento, para provar que o real vivido não é, absolutamente, o que se tem no imaginário. Daí você é acometida por esse sentimento trivial, sujo e frio e a única percepção que lhe é criada em mente é a de que também está inserida em meio àquelas pessoas cinzentas, sem meio reconhecimento.
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Destaque.
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No primeiro momento sim, pois os movimentos refletiam-se em gestos sonoros e com pigmentos de cores, mas é assim que se descobre que a associação é apenas uma associação.
domingo, 15 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
epiderme
Ouvi dia desses que atribuir sinceridade aos sentimentos é motivo de piada.
É como se não acreditasse mais e nem desse importância ao combustível que confere ao ser humano. Sua apropriação é dada em determinadas etapas da vida, nas quais você pode interpretá-las das mais variadas formas, inclusive àquela que, na sua concepção, é digna de retratá-la com o seu ponto de vista - é como se uma identidade visual fosse criada a partir do que se é vivido e encarado como etapa fincada em si. Tem coisas que a gente não explica, mas de vez em quando, tenta-se para fazer o outro entender e compreender do que há na sua composição. No entanto, tem horas que comentários escrupulosos são tão meticulosamente pensados, que a vontade de dizer alguma coisa é subtraída pela vontade de arremessar a pessoa no rio, por exemplo. Mas depois você solta o cabelo, desabotoa a calça e a camisa para pular logo em seguida, mostrando na prática, o valor desse sentimento, dessa atribuição, dessa identidade.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
como anda o seu léxico?
Certa vez ouvi um camarada dizer que "é dois", no sentido de afirmar sua condição diante do fato anunciado. Não é de se espantar, eu sei. No entanto, parei, acendi um cigarro e refleti. Cara, o ser humano consegue pensar em si até mesmo sabendo que o numeral pede plural, pede continuação.
-Que frio.. BrRrrr
-É dois!
Torna-se dois por associar-se a alguém, porém, o verbo conjugado no presente, em sua primeira pessoa do singular, justifica a afirmação anterior ao exemplo.
Linguística: Prôfa Ester Chimarrão Mambrini
Imagem: Kelly Nuñez, um achado googlístico
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
t a r p í c u l a s 2
Noite. Teatro. Frio.
Arrogância, disciplina e ideologia.
Do relógio não ouvia-se nada, apenas a voracidade de seus olhos que gritavam ao enxergá-lo. Não era tanto, o frio parecia acobertar as sensações, os sonhos e desejos. Naquele rosto, um capuz, onde a barba e sorrisos respiravam tenebrosos, de modo como quem sabia que sorria por sorrir. Na janela, uma revolução acontecia. Comunistas lutavam pelo espaço que a burguesia, por sua vez, tentava torná-lo propriedade a todo custo, mesmo com pouca propriedade; os comandados obedeciam. No entanto, carvões tomavam lugar dos muros fétidos das repartições moribundas, e o sorriso, sobretudo, tomava conta do capuz e de todo o tapete da sala de estar daquele aparelho rastreado. Era como se nada houvesse da cortina para lá, a única cena que valia à pena assistir era o de seus corpos, sob uma dança feita com vestidos de lunetas, passado, presente, particípio e sendo o mistério do planeta...
Arrogância, disciplina e ideologia.
Do relógio não ouvia-se nada, apenas a voracidade de seus olhos que gritavam ao enxergá-lo. Não era tanto, o frio parecia acobertar as sensações, os sonhos e desejos. Naquele rosto, um capuz, onde a barba e sorrisos respiravam tenebrosos, de modo como quem sabia que sorria por sorrir. Na janela, uma revolução acontecia. Comunistas lutavam pelo espaço que a burguesia, por sua vez, tentava torná-lo propriedade a todo custo, mesmo com pouca propriedade; os comandados obedeciam. No entanto, carvões tomavam lugar dos muros fétidos das repartições moribundas, e o sorriso, sobretudo, tomava conta do capuz e de todo o tapete da sala de estar daquele aparelho rastreado. Era como se nada houvesse da cortina para lá, a única cena que valia à pena assistir era o de seus corpos, sob uma dança feita com vestidos de lunetas, passado, presente, particípio e sendo o mistério do planeta...
sábado, 31 de outubro de 2009
20 anos em 4
Parece que foi ontem, quando entrei na universidade para prestar o curso dos meus sonhos e que fui percebendo, no decorrer das folhinhas do calendário, de que seria a minha paixão. Incrível é perceber apenas agora que o que os nossos pais falavam a respeito da vida acadêmica tem mesmo veracidade. É um pulo! O bom é aproveitar cada momento, cada pedacinho de hora vivido para depois compilar e balancear os conhecimentos que foram adquiridos. Às vezes me deparo no espelho com uma velha, pra lá de tantos anos. Sério, agora já foram quase 20 anos em 4 vividos apenas dentro do curso em parceria com as atividades extra-curriculares que saí por aí me aventurando (nas quais tenho muito orgulho). Muita vivência, aprendizado, gente de todo o tipo, normas e muita prática acadêmica me rechearam nesses últimos tempos. O amadurecimento vem em larga escala e percebo: é nítido. A única coisa que nunca muda é a essência... "É melhor ser alegre do que ser triste"
Agora, com açúcar e afeto, é hora de conquistar o mundo..
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
XXII
abre aspas..
A Idade de ser F E L I Z
Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa...
Fecha aspas para Mário Quintana.
A Idade de ser F E L I Z
Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa...
Fecha aspas para Mário Quintana.
sábado, 17 de outubro de 2009
em tempo
Uma senhorinha, muito firme, com olhar intenso, de média/baixa estatura, cabelo meio engruvinhado que nem o meu, acinzentado pelo tempo e bastante ajeitadinho, me parou na sessão horti do supermercado. Eu, naturalmente destraída para o meu redor, concentrada no mamão ao som regional preso nos meus ouvidos, mal a enxerguei. No entanto, tão intensa que ela era, depois de uma fração, consegui decodificá-la ao meu lado que já dirigia-se a mim a alguns minutos. Larguei o fio da orelha e sorri. De cima a baixo, olhou-me e sem hesitar perguntou: "Você né daqui não, né?". Acostumada com esse tipo de análise, respondi e me dediquei àquela conversa passageira. Em seguida, parti para a sessão de limpeza. Olha ela lá também, mas ia atrás de macarrão... Desta vez, me apresentou à sua amiga - essa já tinha tinta vermelha no cabelo, batom e ruge entre as marcas de seu rosto - e fez questão de dizer que eu estaria prestes a casar e a ser mãe (!); no momento, passou uma conhecida e soltou meu nome pelo ar... A velhinha, muito querida, já indo embora para a sessão correta atrás de seu mantimento, provou ter a audição ainda bem apurada e concluiu: "e ainda por cima tem um nome lindo!". Acho que quando eu estiver na mesma idade que a dela, serei desse jeito. Afinal, dizem que quando envelhecemos diminuímos de estatura.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
além do que é aquém
Engraçado é viver o pesadelo de alguém, na verdade, reconhecer que alguém vive um pesadelo exatamente a um palmo seu de distância. - Isto é, sobretudo, angustiante!
Saber que poderia fazê-lo deixar de viver o pesadelo apenas induzindo-lhe à sensibilidade de respirar de vez a realidade... (Esta que, assim sendo, transcende, vai além do varal da Janela; intercepta paredes cinzentas, fechadas de fachadas, simples e ao mesmo tempo, mórbidas)... enquanto que, no final das horas, você percebe insustentavelmente que o pesadelo daquele seu vizinho de conversa seria detectar a área de serviço nebulosa, densa e gelada; aquém de qualquer visão que você pudesse ter.
Difícil de não merecer o escárnio momentâneo. Quando o pós-tudo acontece, sua'lma é desestabilizada e torna-se improvável conseguir conceber uma idéia tão crua quanto àquela de não acompanhar a infinitude do horizonte que uma janela aberta (seja qual for) proporciona.
Resultados de uma pesquisa no dicionário online:
aquém (à) - adv.
1. Para cá, do lado de cá; menos.
2. Inferior.
janela (é) - s.f.-(latim vulgar januella, diminutivo de janua, -ae, porta, entrada)
j: Abertura feita em parede ou telhado de uma construção, para deixar entrar claridade e ar.
Saber que poderia fazê-lo deixar de viver o pesadelo apenas induzindo-lhe à sensibilidade de respirar de vez a realidade... (Esta que, assim sendo, transcende, vai além do varal da Janela; intercepta paredes cinzentas, fechadas de fachadas, simples e ao mesmo tempo, mórbidas)... enquanto que, no final das horas, você percebe insustentavelmente que o pesadelo daquele seu vizinho de conversa seria detectar a área de serviço nebulosa, densa e gelada; aquém de qualquer visão que você pudesse ter.
Difícil de não merecer o escárnio momentâneo. Quando o pós-tudo acontece, sua'lma é desestabilizada e torna-se improvável conseguir conceber uma idéia tão crua quanto àquela de não acompanhar a infinitude do horizonte que uma janela aberta (seja qual for) proporciona.
Resultados de uma pesquisa no dicionário online:
aquém (à) - adv.
1. Para cá, do lado de cá; menos.
2. Inferior.
janela (é) - s.f.-(latim vulgar januella, diminutivo de janua, -ae, porta, entrada)
j: Abertura feita em parede ou telhado de uma construção, para deixar entrar claridade e ar.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Prepositando inspiração alguma
Para acordar, pantufa
Para o café, empaste
Para o trânsito, pedale
Para cada placa, um pedestre
Para o carro, ruído
Para bicicleta, apito
Para o cachorro, buzina
Para o banco, praça
Para o inimigo, pandorga
Para o aflito, cabana
Para a criança, um pé-de-quê?
Para o padre, desbatina
Para Michael, Olodum
Para Pelé, zebú
Para a verdade, mentira
Para o alto, descalce
Para o nordeste, desembale
Para o amor, dois peitos
Para admirar, o enlaço
Para a paixão, pimenta
Para namorar, o encanto
Para o andar, degrau
Para o cítrico, natureza
Para sobreviver, álcool
Para permanecer, o gel
Para a mandíbula, pão
Para o verso, durex
Para o que não se é, descarte
Para amizade, o sonoro
Para escutar, Novos Baianos
Para dançar, Jovem Guarda
Para se permitir, entenda
Para o pudor, receita
Para tentação, a mordida
Para a moça, Cecília
Para o mar, Paiva
Para o asfalto, trajeto
Para o santo, afeto
Para o seu voto, traquejo
Para o devoto, festejo
Para o insólito, descarte
Para preservar, um mote
Para o velho, o virote
Para a noiva, idade
Para o sexo, vontade
Para o instinto, selvagem
Para o tinto, suave
Para Branca, Detetive
Para o molho, Mostarda
Para conversar, minuto
Para viver, pulso
Para sentir, família
Para se ver, monóculo
Para sorrir, um acorde
Para sofrer, acorde
Para fugir, levante
Para andar, parênteses
Para retirar, apêndice
Para finalizar, o início
Para o meio, começo
Para o café, empaste
Para o trânsito, pedale
Para cada placa, um pedestre
Para o carro, ruído
Para bicicleta, apito
Para o cachorro, buzina
Para o banco, praça
Para o inimigo, pandorga
Para o aflito, cabana
Para a criança, um pé-de-quê?
Para o padre, desbatina
Para Michael, Olodum
Para Pelé, zebú
Para a verdade, mentira
Para o alto, descalce
Para o nordeste, desembale
Para o amor, dois peitos
Para admirar, o enlaço
Para a paixão, pimenta
Para namorar, o encanto
Para o andar, degrau
Para o cítrico, natureza
Para sobreviver, álcool
Para permanecer, o gel
Para a mandíbula, pão
Para o verso, durex
Para o que não se é, descarte
Para amizade, o sonoro
Para escutar, Novos Baianos
Para dançar, Jovem Guarda
Para se permitir, entenda
Para o pudor, receita
Para tentação, a mordida
Para a moça, Cecília
Para o mar, Paiva
Para o asfalto, trajeto
Para o santo, afeto
Para o seu voto, traquejo
Para o devoto, festejo
Para o insólito, descarte
Para preservar, um mote
Para o velho, o virote
Para a noiva, idade
Para o sexo, vontade
Para o instinto, selvagem
Para o tinto, suave
Para Branca, Detetive
Para o molho, Mostarda
Para conversar, minuto
Para viver, pulso
Para sentir, família
Para se ver, monóculo
Para sorrir, um acorde
Para sofrer, acorde
Para fugir, levante
Para andar, parênteses
Para retirar, apêndice
Para finalizar, o início
Para o meio, começo
domingo, 27 de setembro de 2009
Reflexo de um domingo
Pior do que ter um compromisso todo seu, consigo mesmo, é ter que encará-lo de uma forma em que a sua ansiedade toma conta, te encobre com pavor e, ao mesmo tempo, te acoberta de qualquer peso na consciência.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Meio copo
Encontro-me em diarréia
de idéias e pensamentos.
Tudo muito solto.
A mão sobre a testa, o suspiro cheio de fadiga,
torna o corpo, arduamente, lento e pesado.
Penso duas vezes e me vejo em cólicas
desvalidas.
Aprecio o copo meio cheio e meio vazio.
Metade enxerga o que não é visto
e a outra metade, sem transbordar, equaliza
- tendo os dois males para si.
Mas, ainda assim, o intestino arrepia
Salta, expressa, sensibiliza,
pelo simples ato de agir na inconformidade casual.
E o espaço entra em cena, desmerecendo o que já foi palpável,
tangível. A diarréia mói os pedaços.
Tudo muito solto, sem amarrações, justapondo a confusa percepção.
Sem sequer saber o que se quer dizer, e a ampulheta sem dó, vive da diarréia humana.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
t a r p í c u l a s
sábado, 12 de setembro de 2009
À construção?
Ao caminhar nas ruas exclusivamente desenvolvidas, com gente de bom porte, nariz empinado e com uma textura cinzenta pairando no ar, deparei-me com uma loja vazia, mas cheia de tapumes no chão, escada montada e várias latas espalhadas pela calçada.
Era construção.
Máscaras que não denunciavam mais o rosto de ninguém, operários que passariam despercebidos por toda sua beleza que incita o padrão europeu, no entanto, me surpreendem por conta de todo traquejo preparado para fazer jus àquele tapume montado no chão.
Ou era gripe?
O vírus bactericida espalhado pelo estado de divisa com o tráfico de dosagem latino americano já faz parte do cotidiano de cada um que por lá respira. Mas o incomum é saber que existe gente com tão pouca honra e caráter para dissipar as micro moléculas que circundam nesse lugar; tornando a gripe um mero acessório de pendurar no rosto e a sensibilidade, algo involuntário e sem permissão. A escada com tapume; à construção. Porém, a gente fétida, bonita até a última ponta, denunciam a doença que não larga de ninguém. Com aquele vírus de preconceito, frio, cinzento e particularmente esnobe; de pura incompaixão humana impregna nos olhos de quem está de passagem, como conjutivite.
A construção desencadeiando saudáveis reflexões.
Era construção.
Máscaras que não denunciavam mais o rosto de ninguém, operários que passariam despercebidos por toda sua beleza que incita o padrão europeu, no entanto, me surpreendem por conta de todo traquejo preparado para fazer jus àquele tapume montado no chão.
Ou era gripe?
O vírus bactericida espalhado pelo estado de divisa com o tráfico de dosagem latino americano já faz parte do cotidiano de cada um que por lá respira. Mas o incomum é saber que existe gente com tão pouca honra e caráter para dissipar as micro moléculas que circundam nesse lugar; tornando a gripe um mero acessório de pendurar no rosto e a sensibilidade, algo involuntário e sem permissão. A escada com tapume; à construção. Porém, a gente fétida, bonita até a última ponta, denunciam a doença que não larga de ninguém. Com aquele vírus de preconceito, frio, cinzento e particularmente esnobe; de pura incompaixão humana impregna nos olhos de quem está de passagem, como conjutivite.
A construção desencadeiando saudáveis reflexões.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Ninguém vê minha sacola!
Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso,
Jogando meu corpo no mundo,
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas,
Passado, presente,
Participo sendo o mistério do planeta
O tríplice mistério do "stop"
Que eu passo por e sendo ele
No que fica em cada um,
No que sigo o meu caminho
E no ar que fez e assistiu
Abra um parênteses, não esqueça
Que independente disso
Eu não passo de um malandro,
De um moleque do brasil
Que peço e dou esmolas,
Mas ando e penso sempre com mais de um,
Por isso ninguém vê minha sacola
-N.Baianos
sábado, 25 de julho de 2009
Nada
Já não me surpreendo mais. Com nada nem ninguém. Na verdade, as atitudes têm se tornado cada vez mais valiozas. Ao meu redor vejo gente que se camufla com verdades inconsequentes - e até mesmo intangíveis/indesejáveis. Prefiro ter um ciclo que seja surpreendido com performances admiráveis, seguidas por personalidades inconfundíveis e naturais. Bastasse os percalços que nos é pregado normalmente durante o decorrer do dia e ter que encarar indivíduos acometidos por atitudes intragáveis, já é demais...
Por isso que não me surpreendo mais. Apenas valorizo gente de verdade, que não retém sua essência e a difunde por onde quer que passe/abrace.
_____________________________________________________________
Nada I
Televisão de madrugada é improdutivo demais, mesmo. Mas acabei caindo em um canal religioso e ouvi o seguinte: "Agostinho disse que amigo é aquele que tem duas almas". Taí, me surpreendi - não com nada não, mas o momento em que a frase foi dita foi arrebatador; e ainda ter sido justamente no momento em que meus dedos passeavam sobre o controle enquanto meus olhos e minha boca caíam em cima da capa dura do livro...
terça-feira, 14 de julho de 2009
vivendo e aprendendo
se a gente parar bem para pensar, tudo o que é verdade demais, pode parecer clichê para os que não acreditam. essa frase sai nos mais variados veículos e por fatores diversos, acabam dando prioridade à essa perspectiva. mas, o que eu quero dizer ainda não é isso (talvez o sentido do título não seja tão explícito aos que lêem).
...
procurar viver o lado da vida em que é possível sentir verdadeiro teor dos simples atos, as experiências se tornam mais valiosas, os olhos inspiram a sinceridade de um sorriso e assim é muito melhor viver e aprender (nesse caso, a prioridade é do gerúndio)
às vezes deixar de encontrar velhas pessoas do seu ciclo social para dar maior importância à quem verdadeiramente dá valor e prestigia o seu crescimento, é sempre a melhor opção para a noite - e ainda faz do inverno, verão; torna o pôr-do-sol uma imagem inexplicável. no meu caso, sorrisos, sentimentos, lágrimas, suor que contagiam o ambiente, deixam tudo muito mais leve e luminoso.
tenho sorte de, em meio a obstáculos, me deparar com anjos, cheios de asas para me abraçar. como posso dizer que isso é clichê? vivendo para crer.
...
procurar viver o lado da vida em que é possível sentir verdadeiro teor dos simples atos, as experiências se tornam mais valiosas, os olhos inspiram a sinceridade de um sorriso e assim é muito melhor viver e aprender (nesse caso, a prioridade é do gerúndio)
às vezes deixar de encontrar velhas pessoas do seu ciclo social para dar maior importância à quem verdadeiramente dá valor e prestigia o seu crescimento, é sempre a melhor opção para a noite - e ainda faz do inverno, verão; torna o pôr-do-sol uma imagem inexplicável. no meu caso, sorrisos, sentimentos, lágrimas, suor que contagiam o ambiente, deixam tudo muito mais leve e luminoso.
tenho sorte de, em meio a obstáculos, me deparar com anjos, cheios de asas para me abraçar. como posso dizer que isso é clichê? vivendo para crer.
sábado, 9 de maio de 2009
Diarréia
É inevitável não se contaminar, mas é possível que você se proteja contra isso, o mal que aflinge à pseudo modernidade: a diarréia musical. Ela se alastra pelos tipos sanguíneos mais desfavorecidos de bom gosto na face da Terra. Parece que os pais dessas criaturas nunca souberam que música é para ser ouvida, degustada como um bom café preto, que é preciso sentir a melodia tocar o seu dorso como a água de uma cachoeira para o objetivo da música ser alcançada; água essa fria ou não, a intenção é que entenda-se que a música foi criada divinamente para deixar os ruídos naturais do dia-a-dia mais sonoros. Mas muita gente não sabe o que é isso e me entope com o escarro musical de uma era descomprometida com a qualidade.
Salve-se quem puder!
sábado, 2 de maio de 2009
O jarro infectado
Cada haste parecia passear entre nós
o envolvimento era contínuo
sem interrupções!
Mas de uma hora para outra
inclinou-se ao passageiro;
igual ao que o trem anuncia
em suas trilhas irregulares..
Sua haste continuava lá, presente, com um status
diferente do que a sugestão antes havia indicado.
Imaginar, hoje, já não é nenhuma solução
O que nos resta é uma caixa empoeirada embaixo da cama
com porções de razão que o elástico envolve sem nem perceber
e (des)envolve
Porém, cura não mais é encontrada em bosques..
Sim..
A caixa empoeirada cultiva suas hastes menos importantes
O jarro infectou-se repentinamente;
sob uma condição que jaz no colorido de novas faces,
novos declínios e novos sabores!
sexta-feira, 1 de maio de 2009
De ré!
Dia desses me senti ao contrário! Eu sabia que estava seguindo em frente, mas a minha mente só resgatava fatos históricos e meus olhos a acompanhava. Ao invés de avistar as setas da maneira mais provável, a retina tava programada para observar sinais contrários ao convencional, indo em frente, eu via o sentido de costas. Enquanto isso, minha desfalcada mente me arrastava para os mais antigos acontecimentos - que de tão velhos, nem fazem mais parte de mim (nem faço questão de tê-los)...
Por que agora as frotas mais recentes de ônibus nos colocam nessa berlinda? Tem cadeira que fica de costas para o motorista e foi nela que minha vida plantou bananeira para a rotina natural dos fatos!
Por que agora as frotas mais recentes de ônibus nos colocam nessa berlinda? Tem cadeira que fica de costas para o motorista e foi nela que minha vida plantou bananeira para a rotina natural dos fatos!
sábado, 25 de abril de 2009
Perspectiva borrada
Cabeças, chapéus, guardas-chuvas substituem (ou não) os movimentos singulares de cada indivíduo; unificandos-os em uma massa que transcorre em sentidos opostos, porém, semelhantes. A agonia da multidão transmite uma sensação de desespero, já que as feições perpassam, em tempo indevido, algo inalcancável.
Inesperadamente, todas aquelas pessoas cessam a correria e apreciam o momento delas próprias. O caminho, que antes era impossível de encontrar seu asfalto por possuir tantos corpos aglomerados, agora borra-se para o espetáculo da rotina desse povo justaposto. No entanto, a solidão é que vem à tona nas calçadas e nas vias expressas (de gente), enaltecendo a mancha de cada simples perspectiva.
Unidos a uma causa imperfeita do pretérito causado pela vida, permanecemos em multidão, no vulto peculiar de cada indivíduo.
domingo, 19 de abril de 2009
Conjugue-se
Pode parecer estranho, mas às vezes a sua cabeça confunde tudo aquilo que já está praticamente definido a sua volta; como por exemplo, amizades. Ultimamente tenho entrado em conflito comigo mesmo por conta disso, talvez até por eu exigir demais das atitudes de pessoas que se dizem fazer presente nos meus mais variados tempos conjugáveis. Sim. Ninguém tem obrigação nenhuma de estar ao seu lado, de querer saber o que se passa contigo, de ter saudade da sua risada, do seu mau humor, do seu ponto de vista.....mas você tem, no caso, eu tenho. Como eu espero demais das pessoas e tenho quase retorno nenhum (do nível que gostaria de ter), eu acabo me especializando nessas situações. Prefiro não ser nada a ninguém do que não representar nada a mim mesma. Construir as minhas aptidões perante o mundo não é uma forma de enaltecer à simbologia humana, mas penso que seja essencial para preservar a minha própria espécie! Mesmo não gostando de conjugar o verbo da vida em primeira pessoa com frequencia demasiada, tenho tido essa condição para manter a minha mente como afluente.
e por aí vai...por aí vou.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Divisão/fronteira
Da caneta à alimentação, do papel à cor do esmalte, da cadeira ao assento, de tudo na vida ao que se vive. Tudo não passa de escolhas, de ter um olhar apurado para identificar em qual etapa dessa divisão se pretende estar. Se é que "estar" seja a condição mais plausível para um caso desses.
Na época em que meus pais namoravam, eles optavam colocar o lado A do vinil para tocar porque sempre tinha mais músicas que o lado B e durava o tempo de um incenso de canela queimar por completo. Até o tipo do arroz, a minha vó prefere o parborizado porque dá mais sabor à comida, mas, em contrapartida, é mais caro (?).
A peculiaridade das coisas, está na(s) forma(s). A singularidade da vida está para a maneira em que se vive; em que se opta entender o que singinfica conjugar 'viver' no seu tempo perfeito. Ou não. Mas há a danada da contrapartida para contrapor o que é dito e feito pela mente humana.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
O que há de novo?
Depois de ter vivido o segundo extra de 2008, eis que a folhinha do mês cai para dar lugar ao mais novo ano. Ele é recente, por isso que novo.
Agora é vez de viver as últimas novidades da vida, de definir o que será inovador ou não, o que será diferente ou não, o que terá vez e o que não fará parte do cotidiano. Quem tem dias programados sente na pele o significado do novo ano na vida; mas para quem não sabe nem quantos anos tem seu filho mais velho, a tal virada não passa de um momento alusivo. Talvez se essas pessoas se permitissem um pouco mais do que elas pensam que podem, a chegada do novo teria mais receptividade - ou não.
É peculiar do ser humano ter auto-estima demasiada e essa característica faz do caminho da vida (à moda antiga) ser extraviado e outros sentidos serem adaptados. Tem tudo para ser dúbio, devasso e/ou demagogo, mas se é assim que faz sentido, então que o seja(mos). É peculiar ao ser humano...ser humano dessa maneira e festejar por isso. Festejo pelo ano que tem intenções fortíssimas de ser da minha construção pessoal, profissional e passional. Aí sim! Que venha 2000inove - com seu viés da inovação apurado!
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